Esplendor
Não me pergunte porque choro,
não sei se saberia explicar;
se pelos sonhos inertes cada dia
ou pela angústia sola de amar;
se pela falta de afeto à poesia (não minha)
ou pelo mero exalar.
Quando vir uma face em lágrimas,
não pense o pior;
quem sabe ali a Providência opera
e ao final será ainda esplendor.