"DESALENTO".
Em desalentos,
Vou morrendo pouco a pouco,
Tento escapar de um mal que estou em volto,
Como se dentro de imenso pesadelo!
Sinto quimera,
Tentando destruir-me todo o ser,
Por fim mergulho em labirinto sem querer,
Fragil e exposto como um fio de cabelo!
Fujo das trevas,
Que me cercaram tão de repente,
Nesse negror, que me quebranta lentamente,
A tal ponto de minha fé fraquejar!
Eu que bem antes,
Tinha força garra e tantos sonhos,
Hoje me encontro em um desanimo tamanho,
Cheguei ao ponto de desistir de caminhar!
Sei que molesta-me,
Tal provação que não entendo,
Tira-me as forças, e lentamente me abatendo,
Sem ter noção desse meu futuro inserto!
Foge-me dos olhos,
Aquele que é o sono mais esperado,
Tesas pálpebras nos meus olhos ressecados,
Vivo no mundo em tremendo desafeto!
Prossigo ansioso,
Que o socorro me bata a porta,
E faça ressurgir a minha esperança morta,
Horas amenas possam alcançar-me enfim!
Sinto embaçada,
A lucidez que sempre tive no olhar,
Vago enfim perdido, em desespero a buscar,
A tal razão pra esse mal tomar-me assim!
São tantos dias,
Que minha paz se foi embora,
E me agonia assaltado em tantas horas,
Sou indefeso sinto a morte a me cercar!
Em melancolia,
Persisto aos poucos definhando,
Já os meus ossos vão com isso se secando,
Nesse vazio, o infortúnio me aperta!
Cbpoesias.
17/07/2023.