A vida e a morte de um triste poeta
Na escuridão de seu quarto
Ele fugia dos raios solares
Com as cortinas fechadas
Não deixava passar a claridade
Era difícil se levantar da cama
Ela o abraçava e o confortava
A colcha o enrolava
E em um charuto o transformava
Ele sonhava com a sua amada
De deusa imortal a chamava
E por ter sido menosprezado,
De melancolia foi embriagado
Quando lhe era perguntado
Sobre esse triste estado
Dizia sempre entediado:
No mal do século fui confinado!
Esse pobre poeta
Aos trinta anos não chegou
Oh! Como foi triste!
Tuberculose ele pegou.