A vida e a morte de um triste poeta

Na escuridão de seu quarto

Ele fugia dos raios solares

Com as cortinas fechadas

Não deixava passar a claridade

Era difícil se levantar da cama

Ela o abraçava e o confortava

A colcha o enrolava

E em um charuto o transformava

Ele sonhava com a sua amada

De deusa imortal a chamava

E por ter sido menosprezado,

De melancolia foi embriagado

Quando lhe era perguntado

Sobre esse triste estado

Dizia sempre entediado:

No mal do século fui confinado!

Esse pobre poeta

Aos trinta anos não chegou

Oh! Como foi triste!

Tuberculose ele pegou.

Luiz Alberto Porto Pacheco
Enviado por Luiz Alberto Porto Pacheco em 15/07/2023
Código do texto: T7837550
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