O que resta
Coloco a cabeça entre minhas mãos, sinto-me estranho ,
Onde está aquele velho fulgor ?
As vezes nada justifica essa dor,
Desolado e ácido, imerso num mundo de feridas que aumentam mais um pouquinho todos os dias,
E esse brilho que embriaga ,
Onde fica?
Essa sede cristalina,
Essa fome de vida,
Tenho algo que me resta,
Como uma sensação divina de frescura e pureza, de luz e brancura que ainda sobrevivem e se atrevem a entender minha loucura.