Silêncio!

O meu eu lírico tirou férias de repente…

Mas não levou os apetrechos de poeta.

Já se cansou dessa existência inquieta

Quer se livrar do barulho em sua mente.

Busca estudar, do silêncio, a eloquência

Aprender a se expressar sem dizer nada

Deixar em paz a sua alma ensimesmada

E renegar, do coração, toda a carência.

Ele entendeu que é preciso emudecer

Para proteger-se das ciladas da ilusão

A sua alma já não quer mais confusão

Nada que possa lhe ferir ou esmorecer

Talvez silente, em sua dor, nunca reparem

Nem se apiedem ao notar tanta tristeza

Se for capaz de conseguir essa proeza

Talvez o leiam, o entendam e nos separem.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 10/07/2023
Reeditado em 31/07/2023
Código do texto: T7833951
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