Silêncio!
O meu eu lírico tirou férias de repente…
Mas não levou os apetrechos de poeta.
Já se cansou dessa existência inquieta
Quer se livrar do barulho em sua mente.
Busca estudar, do silêncio, a eloquência
Aprender a se expressar sem dizer nada
Deixar em paz a sua alma ensimesmada
E renegar, do coração, toda a carência.
Ele entendeu que é preciso emudecer
Para proteger-se das ciladas da ilusão
A sua alma já não quer mais confusão
Nada que possa lhe ferir ou esmorecer
Talvez silente, em sua dor, nunca reparem
Nem se apiedem ao notar tanta tristeza
Se for capaz de conseguir essa proeza
Talvez o leiam, o entendam e nos separem.
Adriribeiro/@adri.poesias