SILENCIAR A MENTE
Noto um silêncio cúmplice e atroz,
Num repente tudo cessa em minha mente,
Uma quietude se apodera então de mim,
Numa cumplicidade de meu coração tão quieto,
Então inerte diante de meus momentos que afloram,
Jubilosos ou de meras conjunturas.
Não sei o que está ocorrendo no momento,
Dúvidas ou certezas que me afligem,
E num repensar me calo diante das circunstâncias,
Verdadeiras pois próprias e até se agitam.
Consulto minha alma que parece até inerte,
E noto que está ausente em decisões tomadas,
Algumas que machucam minha sensibilidade,
Outras que parecem vagas e sem conexões,
E noto que algumas lágrimas brotam aqui e ali,
Silenciosas que afetam minha mente em transe.
Jairo Valio