Sinfonia do silêncio
No fatídico entardecer da vida
todos lerão na minha lápide:
Aqui jaz aquela que quis ser ouvida
porém, morreu vítima
dos silêncios da vida.
Queria falar das profundezas em meu peito
dos mistérios da vida que não entendo
Das agonias que ecoam em meu ser
Mas, ninguém me escuta ou entende.
Sinto-me como uma alienígena perdida.
Sempre acusada de ser emotiva
Sensível e chorona demais,
Como uma super nova, muito absorvia
Até explodir, sem controle
numa torrente de lagrimas
Acredito que me afoguei
em cada “engole o choro” da vida
nos rótulos de ser sensível de mais
Nos olhares incompreensivos.
Talvez, numa aurora distante
alguém leia meus escritos
E finalmente me compreenda
escute a melodia que,
como uma inexperiente musicista
Esforço-me para compor
mesmo que até agora,
só eu consiga ouvi-la.