Desabafar Poético VI

Que coração tolo

Que não ouves a razão

E embriagado choras

Por teu desdém...

E não entende

Que esses sentimentos só o corroem

E destroem aos poucos...

Sentimento que um dia há de me matar!

Mas não entendo coração

Por que és tão insano?

E tu meu Anjo, por que tão insensato?

Que me deitas em teu colo

E logo, me deixas a falar sozinha

Em ais que aspiram por teu amor...

Por que meu Deus, Por que comigo isso fizeste,

Prendera-me em pensamento

Um que nunca há de me amar!

Me diz por que jogas tua ira em meu coração!

E eu o amo tanto!

Que minha decência se perde

Junto a minha sensatez...

Que aos olhos brilhava junto à tez

Enquanto orvalhava e sonhava!

E meus lábios que secos já estão

De tantos beijos que ansiara...

Mas nada que minha sede saciara!

E agora ficam murchos em solidão!

E ai meu coração!

Meus delírios de febre intensa

Que anoite e ao pranto relembram

Daquele que faz meu seio palpitar!

Mas que dor que desatina e me emudece!

Não me deixa falar o que tanto sinto

E logo ao teu desdém empalidece

Perdido no breu da solidão do labirinto.

R Duccini
Enviado por R Duccini em 18/12/2007
Reeditado em 24/07/2008
Código do texto: T782739