A Bruxa do Epitáfio
As sombras sempre existiram aqui
As palavras apenas se sujeitam a repetir
Eu amo o modo como a repetição
Do meu canto de dor ocorre
De novo e de novo
Independente do contexto
Independente da década
"Eu não deveria ser nascido"
É o pranto do presente e do passado
Quando sonhei que entenderia a vida
Quando cresci e amassei espinhos de rosas nas mãos
Meu amor me é negado e eu sei as consequências
De não querer ter nascido mais
Eu amei e feri
As duas coisas que somente sei fazer
Bem, ferir mais que amar
Já que não me contenho somente em sofrer
A verdade maculada sob a luz da lua
Fez-me querer somente ferir a amar
Quando dedico meu coração a uma pessoa
Que não faria diferença se parasse de bater
Cada batida de nada valia
Se meu nome não tivesse valor
E minha pratica, excelência
Agora sou um nome riscado
Sem desejo, talento ou amor
Não te odeio
Apenas queria um porque