Ophel em desespero
Não mais jardim há no coração.
Retificado no arvorecer de espinhos,
sofrimento nas lascas da pele,
um mártir sem pães e vinhos.
Cruz e injustiça dolorosa
dum aborto saturnino ceifado,
uma era de gradual maturidade;
Este é o percurso de Ophel.
Nasceu sem o efe de funesto,
mas bebedouro da tormenta
um fel amargo da boca bebe.
Diabo do céu e anjo do inferno,
sua missão é resistência:
queimar aqueles imbuídos
louvadores da clemência.
Orador das almas distantes,
quer morrer por um motivo,
benzer almas tão errantes
quiçá morrer jovialmente vivo.