Velhas decepções
No sulco aberto pelo arado da decepção,
Brotam as negras flores da desilusão
Cujos espinhos fazem minh’alma refém...
As palavras doces, tornam-se amargas
E as promessas vãs, em pesadas cargas...
E os sonhos desfeitos em triste desdém.
À sombra do medo a esperança desvanece,
No coração magoado que silente adormece
As chagas sangram sem nenhum embargo.
A confiança quebrada e o futuro incerto,
São lâminas cravadas em um peito aberto
Sem qualquer reparação, por desencargo
Velhas decepções, cruéis companheiras!
Ensinam duras lições em tramas traiçoeiras.
E desveladas máscaras de adulações...
Aprendizado árduo por entre sofrimentos
Nos faz entender que não somos isentos
Das fragilidades das nossas emoções.
Adriribeiro/@adri.poesias