Dark
Lembranças vão e vem, coisas boas e ruins, lembranças que gostaria de esquecer é tudo tão fluvial como caminhar sobre um penhasco pode até ver o percurso, mas qualquer deslize cairá do precipício, o vale das lembranças são assim e cada dia preso no passado é como estar vendado nessa trilha, caminho sozinho há anos, viajo só há anos, sei que tudo é passageiro e está fadado a se decompor e retornar ao pó da terra, mas não é isso que preocupa-me é saber que sempre estive só, saber que esse fardo carregarei sozinho até os confins da terra, só não por vontade ou desejo, só por estar só. Amigos, colegas e conhecidos, não preenche essa lacuna, sobrepõem em alguns momentos a solidão e me faz sentir-se em um grupo com propósito, algo que está além de mim, como uma alegria. Tudo se dissipa como oxigênio e em mim percebi que não posso ser inteiro, que não posso ser compreendido, sinto está fadado há esse flagelo de culpa, esse estado moribundo de depressão, essa melancolia dramática e caótica de meu ser. Amo estar convicto que minhas verdades são verdadeiras, que ninguém possa existir para esse entendimento e que a destruição do cosmo seja há solução de sentirem minha tristeza, minha vilania nesses seres fracos e imundos de cobiça e avareza, trazer uma personificação de fúria. Caminho, caminho, sem saber para onde vou, apenas caminho para talvez um dia entender o motivo da caminhada e ajudar aqueles que se sentem assim, trazer uma luz pra essa escuridão ou quem sabe dar minha luz para encontrarem seu caminho, pois sinto acostumado com essa solidão, já somos velhos amigo no fim das contas e sentiria realizado só ver saber que minha luz salvou alguém.
Mateus Zuba