O dia de domingo
Vem surgindo no horizonte
Abraçado à brisa tímida
E
Lasciva.
As mãos do minuto vão pintando
O céu de azul
Com fraca tinta.
As luzes da cidade ao longe
Aos poucos perdem as forças.
Estão acesas,
Estão chorando.
Em breve estarão apagadas.
- lâmpadas vazias
penduradas nos postes
como corpo
inerte
numa forca -
Ascendam as tristezas
E deixem o pintor pintando!