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Desse jeito vou me matar, vivendo assim, estou me suicidando a cada gole desse cálice, continuando assim estou sentenciando minha alma ao submundo e assim flagelo minha integridade a cada pensamento dirigido ao mundo. Cobiça consome os resquícios do que já foi uma alma, fragmentos de que já foi um ser, morto?, Errante? Vivo estando morto, sonho estando acordado e acordo quando estou adormecendo, sei que tudo me leva a pensar na morte, que tudo me faz querer te, cada tristeza e decepção do dia soma em uma gigantesca bola de melancolia e né leva aos açoites do suicídio, a vontade vil de esparramar meu sangue se torna tão tentador quanto um copo de água fresca, a alma grita por piedade e convoca a esperança nessa podridão que meu coração vira se tornar, minha mente busca motivos para evitar o óbvio, mas só encontro mais motivação pra efetuar o tabu. Dramático, alucinado, preguiçoso, mimado, chorão, são só adjetivos que justifica o quão banal tudo é, o quão presunçoso é a esperança de mudança, "mude sua roda de amizades, mude sua forma de falar, mude seu ambiente e reformule sua rotina", a cabeça grita, o coração clama algo que é imensurável, amor!. De que forma se deve tê-lo? De que forma posso senti-lo se toda demonstração foi transfigurada com violência e negligência, como se deve transparecer o que não foi ensinado e como aprender o que não foi aplicado? Só perguntas e nada de respostas, só perguntas... A cada passo o precipício é mais real a cada passo a ponte é vital, a cada maldito passo a navalha em meu pulso é.... Na verdade não sei se mais nada, todo essa violência ensinada se tornou um poço de desespero querendo apenas uma luz, para levar me desse maldito lugar. Não sei, a verdade é que não sei de mais nada.
Mateus Zuba