As poesias que se foram com o vento
Agora quando escrevo eu choro
Sinto uma agonia no meu peito
Tantos versos e ainda não sai pra fora essa tortura
Ferindo o meu moribundo coração
Estou pálida e descalça
As horas ficam estagnadas
Minhas mãos sangrando a dor que só eu imagino ter
Oh hemorragia do meu Ser
Qualquer hora irei morrer
Pois agora me pego olhando pro céu
A nuca dói de tanto se inclinar
Será que irei pro céu?
Sou uma poeta coitada
A viver por esperança de ser feliz
Ouço o som de um violino
Como se quebra uma vértebra das costas
Minha alma andando torta dentro do corpo
Ai meu osso!
Até quando irei suportar essa melancolia que me cobre como um manto
Pois passo fome de poesia
E quando tento escrever me falta forças
E eu choro, choro e choro