Ausência
É cego
O silêncio
Que encontro
Na ausência.
Falta -me
O ar
O olhar
Os dedos
Que se entrelaçavam
Nos meus
Sempre que
A lua surgia
Na noite escura
Agora fria.
Falta -me
O teu braço
Sobre os meus ombros
E o cuidado
Dos teus olhos
Pousados nos meus.
É cego o silêncio
Vago
E sem fim.
Abre o abismo
Diante dos meus olhos.
O nada
Que jamais pensei ser
E
É tão frio.
Este lugar
É oco
Deserto
Vazio
Morto.