Infâmia
Nada é mais infame...
Para a poesia e à arte
Que cercear a liberdade.
O censor é às vezes sutil.
Às vezes agressivo. Indigno!
Vê em tudo maldade.
Descontrolado vilipendia o outro...
Sem perceber cospe insanidade.
Tem a alma escura...podre.
Ataca. Difama. Insinua.
Verdadeiro psicopata.
Mas não responda ao idiota.
Repugnante. Maldito. Perverso.
Não aumente o peso do seu fardo.
Dando atenção a gente assim...
Será índole patológica?! Não sei!
Só sei e sinto o mal que ele faz.
Perco o eixo. Cai o queixo. Fico lixo!
Viro bicho! O ensandecido sabe disso.
Fustiga. Provoca. Escolhe bem a vítima.
E não é qualquer um. É aquele ali! Aqui.
Ardiloso. Invejoso. Peçonhento.
Arma o seu bote. Destila seu veneno.
Ataca na hora certa. A um sensível aprendiz.
Essa é a presa. Ele sente o cheiro.
Quando isso ocorre. Saia de fininho...
Não dê chance. Não se desestabilize.
Mude o enrêdo. Assovie. Desanuvie.
Mais cedo ou mais tarde o infame...
Cai em si. Retira a máscara.
Fica enredado na própria teia.
Vai pagar depois o alto preço...
Do desprezo, da indiferença.
A consciência é sábia. Cobra inapelável!
Cai a ficha. Vê e sente seu ser desprezível...
Toda a sujeira. Percebe a intriga maligna que fez.
Mas aí já pode ser muito tarde...se perdeu. Infeliz!
Hildebrando Menezes