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Encanta-me sempre que olho para seus olhos, me perco nessa imensidão de ecrãs, sinto-me como um náufrago nessa imensidão, perdido e sem mapa me vejo completamente entregue ao seu olhar. Digo que o amor é como gotejos de uma nascente, sempre transborda ao oceano e dessa alusão digo o quão pequena vossa matéria é. Que minha paixão dilacere seu libido e permita florescer flores em sua mente, que voe no ápice de vosso toque até o infinito dos prazeres carnais. Meu bem! Tudo que desejo é sempre ver essa luz que seu sorriso vira ser, como um farol e guia-me para fora deste abismo, seu amor, meu amor não posso ter, deito ao infinito sono de sonhos e sacio a vontade do beijo em seus lábios frios, irreal é sua presença em minha vida, em um segundo de racionalidade toma meus músculos e órgãos, escolho a vida e mesmo escolhendo a distância em mim fica a certeza que tentei de tudo para que fosse real e mesmo ferido cuidei primeiro de sua saúde, mesmo meu agouro desejando fogo e caos.
Em meu agouro esteve por anos minha depressão, minha fúria, minha sede de justiça, como um vulcão explodir para ver a verdade sobre seu falso amor, seu falso sorriso e a sua mediocridade. Em resposta ao meu agouro, digo que faltou controle para conter minhas virtudes de amor, em sede ao pote me viciei na melancolia e senti-me poderoso e com a visão além do material, e mesmo assim não pude deixar de ser iludido e manipulado para sua energumina alegria. Meu amor sempre prevaleceu na luta contra o ódio, contra a raiva e depressão, sempre venceu, sempre! Acordai-me desses pesadelos, desses pesadelos, em pensar que em desejos almejei viver ao seu lado, despertai-me destes pesadelos e pensamentos. Me culpei por fazer o bem, com zelar e cuidar, sentia que fui o algoz de tudo de errado, meu amor, meu amor! Foi completamente subjugado a vermes para saciar seu egoísmo, mas nada disso importa neste mundo, esse mundo onde os maus se beneficiam do mesmo e vivem como reis sem qualquer tipo de remorso.
Como amor! Que a paixão me deixa leve feito bolhas de sabão e flutuo até os céus. Até os céus. Que esse amor me carbonize para flores nascer do pó de meus ossos.
Mateus Zuba