EU
Tristeza!
Sentimento ímpar que nos guia,
Uma moeda de troca com a tal alegria.
Dores físicas, às vezes emocionais,
Mas sempre 'Dores', 'Dissabores' fatais.
Alegrias efêmeras, sorrisos que se vão,
Exibidos em telas, sem saber a razão,
Nos espaços virtuais, onde a verdade se oculta,
E a vida real, na sombra, se sepulta.
Caminho descalça no labirinto da vida,
Sem ver o horizonte, sem ter uma saída...
Minha vida passa como um cometa distante,
Num traço de luz, tão breve e ofuscante.
Olho minhas mãos e vejo o tempo correr,
Reflito o que foi, o que não pude viver.
O não dito, o não sentido,
Tudo aquilo que no 'Túnel do Tempo' está perdido.
Expressões de tristeza, de alegrias,
Do inconcluso, do esquecido, das melancolias,
Do lembrado e do tempo finito,
Que em minha vida, se esgota sem rito.
Cansei de olhar para trás, para o que se foi,
Agora olho para o 'Presente', e vejo o que dói:
A prisão da alma, as responsabilidades diárias,
As incertezas que se repetem em horas tão várias.
Busco incessante, a alegria constante,
Mas sinto o cansaço, tão extenuante.
Às vezes vejo imagens em uma caverna sombria,
Representando uma realidade que se esvazia.
Uma bifurcação entre alegria e dor,
Entre amores, desamores, em dissabor,
Passado, presente e futuro, um círculo que gira,
Até que meu SER, no esquecimento, se retira.