Plena Agonia

Faz tempo, disso eu sei

Mas não me refiz ainda,

De todo amor que te entreguei,

Não consigo sair da berlinda.

Lutei com força incontida

E todo meu esforço foi em vão.

Tornei-me uma pessoa ressentida,

Invadido e arrebentado pela desilusão.

Meus pensamentos são desconexos

Eu vivo fora de mim.

Eu fico estarrecido, perplexo...

Como posso seguir assim?

Me tranquei para o amor.

Desisti de tudo um pouco.

Estou de mãos dadas com a dor.

Do bem-querer estou solto.

Não me prendi a mais ninguém.

Você era minha luz, o meu mundo.

Os dissabores me convêm.

Meu amargor é profundo!

Tudo foi maravilhoso,

E do nada tudo acabou.

Meu viver é espinhoso,

Depois que tudo desabou.

Acabou minha alegria

Depois que você se foi.

Eu vivo em plena agonia,

Na ausência de nós dois.

GafanhotoNegro

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Ausente

Caiu sobre nós o véu da indiferença

Mas, o amor, este continua latente

Por tudo que um dia fomos e vivemos

Valeu, foram muitos os sonhos da gente.

Amor, carinho, compromisso, sexual

Dos dias de mansidão, até rebeldia

Os anos que juntos festejamos a vida

De risos, fantasias, cabem sim, melodia

Através da janela do tempo ainda vejo

Nossas imagens nítidas, outras, fugidia

Fizemos história, sobraram ainda sonhos

Esta vida sem você eu não conhecia.

Apesar de ver no meu rosto as marcas

Da despedida, que nele você deixou

Este amor que juramos ser para sempre

Mesmo ausente é tão forte, e me calou!

Doce Val Salvador - 27/05/23

Querido amigo GafanhotoNegro, minha singela interação para tua brilhante poesia! Beijos no coração, paz e luz!

Doce Val, é com muita alegria e satisfação que recebo belíssima poesia, abrilhantando a minha por meio da sua interação.

Bjosss em seu coração!!!