O Poema Proibido
Sim, eu sinto tua falta.
Não vou mentir pra mim mesma,
Nem fingir que você nunca esteve aqui,
Dentro de mim,
Onde você ainda habita,
E irá habitar o resto da minha vida.
Mas é que eu ando cansada dessas minhas palavras repetidas,
Eu preciso de abrigo.
Não é uma questão de escolha, mas de saída.
Inventei pistas, tentei entrar pelas brechas, mas comer pelas beiradas não me satisfaz,
Te arquivar é o que me resta.
Nada em mim é capaz de atravessar uma porta que não está abert
Entrada Proibida!
Mas sempre houve uma saída,
Eu fui descendo degrau por degrau,
Depois de ter escalado uma montanha para chegar até você.
O tombo me estraçalhou inteira.
Diferente do anjo que se joga do alto para abraçar sua chance se quebrando ao chão,
Tive que quebrar minhas asas para saber o caminho do voo que me leva pra longe dos escombros.
Então voei ... pra longe dos meus olhos, que são teus.
Eu sabia que amar você era queda livre.
Mesmo sabendo que se fosse em outra vida, você seria meu melhor abrigo.
(Um passado não longe, mas que segue em meus pensamentos)