NADA SOU

Na vida sou eclipse,

ora ofusco a luz de alguém,

ora meu brilho se esconde,

ser humano me consome,

o coração despedaça,

sendo assim tão sem graça,

no suplício de ser homem.

Ouvi um cego dizer,

que queria viver dormindo,

falando em meio a um sorriso,

que sonhando, tudo vê.

Assumo minha Cruz,

o calvário está à frente,

sou chato, sou insistente,

eu só queria no final,

alguém que me olhasse,

e visse algo de bom...

Eu não poderia prometer,

a ninguém o paraíso,

mas, assim meio sem juízo,

ofereço o que é meu,

me tornando um "Sirineu",

pra aliviar o sofrimento,

de toda a humanidade,

mesmo sendo a menor parte,

desse "infinito" meu Deus...

ANDRÉ L C MELO
Enviado por ANDRÉ L C MELO em 19/05/2023
Reeditado em 19/05/2023
Código do texto: T7791989
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