Desastre
Já não se pode colocar toda a culpa em uma estrela…
Mas com essas placas sempre tentam roubar minha energia
Já não importa mais como eu me sinto
Pois a prioridade sempre será da apatia
As cicatrizes podem não sangrar, mas elas carregam memórias
Eu não esqueci das frustrações que me fizeram passar
Eu não esqueci dos falsos sonhos que me fizeram sonhar
As feridas sangram e vão deixar cicatrizes e eu espero não me recordar…
A chuva foi mais doce que todo aquele balde d’água fria
Afinal não tenho direito e nem tempo de reclamar
Pois sempre gritam por cima de minha voz
“Você só pensa em si mesmo e nunca vai melhorar”
Mas me motivam sempre a me virar
Pois sempre esfregam na minha cara que nada é fácil
Penduram meu poema nas prateleiras sem nem sequer terem lido
Pois eu vejo esfregar na minha cara ignorarem meu grito de ajuda
Talvez afogado neste vasto oceano… que fizeram eu suportar tanta chuva
O tal fardo de ser um mero troféu para toda aquela fofoca…
Com tantas pressões que são postas em minha pessoa
E a limitação que o divino me deu de bom grado
Como posso carregar toda essa bagagem
Se além de difícil fazem questão de bicar o tendão de aquiles
Ainda apedrejam-me pôr no peito não carregar uma cruz
“Quem sabe a morte, a angústia de quem vive” faça repensarem seus atos
A sua apatia não faz que sua visão ultrapasse seu umbigo
Mas suportarei outra tempestade em silêncio
Pois os gritantes reclamam quando abafam o som de sua voz
E eu me prendi a essa falsa visão de paz…