ONDE MORAS?
de mãos dadas caminhamos
distantes dos ruídos da cidade
acalentados pelos sons da mata
de aromas e frutos silvestres
nos alimentamos
a chuva benfazeja saciou nossa sede
no aconchego da antiga cabana dormimos
descansamos numa longa noite
sem pensar em perigos
é fato que tudo ali, em volta, respira
e inspira tranquilidade
sobre o teto o olhar incandescente e
inebriante do céu estrelado;
o alvorecer adentrou junto com a bruma
transparente, que estendeu seu véu
de suave brancura cobrindo todo o vale
já não havia fome, nem sede, nem cansaço...
mas havia um embaraço:
na manhã seguinte descobri que partistes
enquanto eu ainda dormia e, sem teu abraço,
sem teu aconchego, sem teu cheiro
me vi e me senti perdida, incomunicável
- por não saber teu endereço.
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