Momentos...

Aborreço-me comigo mesma

nesses momentos de intenso vazio.

Perco o olhar na janela

enquanto teço mais um poema frio...

Que bobagem dar uma de poeta,

valendo-me apenas da emoção.

O destino não se indica com uma seta

e que coisa contraditória é a tal da razão...

A lágrima salgada desidrata-me a alma.

O rosto se mostra úmido e cálido...

E essa minha permanente calma

tem feito o meu mundo transparente e pálido...