Nossa vida toda num saco de dor

Que estranha guerra no fim de um amor...

Vidro estilhaçado.

Nada mais poderá ser colocado...

E se colocado ficará tudo marcado.

Marcas profundas.

Silêncio.

Dois seres transcorreram no tempo perdido.

E houve tantos sorrisos...

Aonde foram parar? Desalinhados de afetos.

Choro baixinho

E as juras de amor eterno?

Uma amor que aos poucos transformou a vida num inferno.

E o saco de dores na mesa?

Quem o levará?

Afinal é hora da divisão.

Estranho: os dois saem com eles nas costas.

Nem o que um faz, nem o que o outro faz importa.

Nenhuma enxerga o peso das costas do outro.

Cada um sente o peso do mundo em seus ombros.

Cada um diz que seu peso é o pior.

E assim... acabam-se os grandes amores.

Cada um pro seu lado.

Sentindo que em si é que a coisa deu toda errada.

Saem sem rumo.

Perdem o prumo.

Tristes.