Poema branco

Eu vivo num constante azedume

Onde o amor não me consome,

Aqui, sozinho preso no cume,

Aqui, a tristeza que não some.

A monocromia me descende,

No preto e branco postergo,

Sem cor nem luz que acende

Uma vida boa no meu termo.

Sou retrato sem o reflexo,

Notas de versos em branco,

Quem me vê fica perplexo

Lendo o poema jamais brando.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 15/04/2023
Reeditado em 19/04/2023
Código do texto: T7764491
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