De tantas voltas afins
Do que te fazes nessas quedas,
quando teus rios naufragam sonhos
e despejam no oceano caudaloso
a distância que seca as lágrimas,
inundando as margens da saudade,
enquanto ventos contrários encrespam ondas?
Onde repousas o pranto entristecido
que flui livre de límpidas nascentes,
estrondando sob véus transparentes,
o vazio de tantas rondas?
Aonde buscas, o que sondas?
A quem permites a companhia no caminho,
nesses tantos afluentes retilíneos
quando tuas voltas são redondas?
Terça-feira, 08 de novembro de 2022
13h26