INDIGENTE..
UM INDIGENTE!
Pobre coitado, vive encostado...
Desacomodado e sempre ao chão...
Na vida um desalentado.
Amigo das noites frias e sem agasalhos!
Embrulhado em jornais e abandonado!
Sem esperanças, é apascentado pelas
Intempéries do tempo. Não tem momentos
De felicidades. Apenas se alegra com pedaços
De sanduiches que lhe dão. Sem um teto
E, ao relento do sol e da chuva. Sem regaços!
Seu travesseiro é um tijolo... Cobertor, jornais...
Sem água, e com fogo escasso improvisa seu
Fogareiro com gravetos que possam lhe dar
Aquecimento para algum alimento!
Um indigente de nossas ruas e viadutos, que,
Lhe oferecem um canto inóspito e desconfortável!
Vida descartável. Esperança na lata do lixo!
Não tem companhia nem para um cochicho!
Jose Alfredo