Da boca ressoa a alma fechada

Nesse estado que me encontro

a poesia não se faz de vítima,

a vítima sou eu e a vida molesta

os versos do sangue depressivo.

Mãos abertas e a boca fechada,

não falo o que quero, mas

escrevo sobre feridas teológicas.

Metafisicamente silencioso…

Sou um sujeito das sombras,

refletindo um mundo problemático.

Deus, se há, é hora de iluminar,

pois sem ti a escuridão é perpétua.

Nada a declarar sobre Deus,

só o alívio em que sinto,

alívio do verso que luzia

minha existência sombria.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 25/02/2023
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