O Palhaço
Senhoras e senhores
Sejam bem vindos a queda daquele que é um tolo
Um louco funcional, sem camisa de força mas preso
Encontrando um meio de ser um pacifista
Mesmo com todo o ódio contido internamente
Voltado aos valores obsoletos que segue sem acreditar
Se sentindo culpado por inocentemente no fim pecar
Mas sem crença no céu ou inferno o tabu vira tédio
Pois o que martiriza por dentro não é sobre estar certo
É sobre sentir-se puro num mundo podre
É sobre reprimir o risco de sair da linha
É sobre procurar uma forma em uma vida
Tentando encontrar seu canto no círculo vicioso
De negar a si mesmo e negar o que verdadeiramente é
Alguém que já viu o abismo sem se impressionar
Quando o abismo olhou de volta e não era nada de mais
Como um filme classificação maior de dezoito anos
Que não consegue conceber ser livre para todas as idades
Como querer se deleitar em prazeres mundanos
Mas em constante penitência de amores não realizados
Em constante guerra entre uma possível mente genial
E o instinto que deseja explodir o néscio insuportável
Que quer assumir guerra contra si mesmo e sua existência
Sendo apenas um cretino com dezenas de contingências
Mas sem um plano para não se tornar este otário
Respeitável publico, regozijem-se
A minha tragédia daria o melhor filme de humor
Assombrado por uma consciência que tenho ciência
De que se sustenta em medo de crenças irreais
Aproveitem o espetáculo de minhas exigências
Quando nem mesmo nos mais básicos deveres consigo atuar
Vestindo um colete de gordura e arrependimentos
Tragando escapismos e destruindo meus anseios
De que as pequenas vontades irrisórias que carrego
Sejam menores do que as quimeras que as projeto
Só preciso aprender que o oposto do que sou hoje
É o ideal que eu poderia alcançar
E se eu não parar de entupir minha mente
Com vagas doses de serotonina
Para depois reagir como culpado a pena de morte
Eu sempre serei a piada
Com um capítulo final especialmente apresentando
Risadas e aplausos do palhaço morto por arrependimento