Por tudo que não se desprende
Lembro que fiz um contrato para os meus demônios,
uma sociedade bem estabelecida fruto dos meus devaneios.
Usei um papel belíssimo e timbrado,
cravei nele os desejos que há muito havia largado.
e ainda assim...
Não foi o sucifiente...
eles agora trabalham comigo e não é o suficiente,
não me ofendem e não é o suficiente,
me avisam e não é o suficiente,
me obrigam a pensar e não é o suficiente,
dormir com eles não é o suficiente,
dançar com eles não é o suficiente,
não há nada de errado com eles e eu continuo não sendo o suficiente.
Não existe ex usuário,
aparentemente
nem ex depressivo,
já que o vazio pelo meu peito se estende.