O Abismo da alma e da vida
Num abismo profundo e absurdo,
A mente sempre vagueia sem rumo,
O vazio da vida é o fim de tudo,
E o suicídio é o excelso prumo.
Tudo na vida é vão, tudo é pó,
E o coração se afoga em dor,
A morte é a única saída com dó
Desse labirinto sem essência e cor.
A morte não é ilusão, é libertação;
É um sonho sem fim nem começo,
Pois o vazio da vida é a nossa razão,
Do nosso eterno e genuíno tropeço.
O ser humano é um ser perdido,
Sem rumo, estrada, sem direção...
E cada suicídio é um grito de alívio
De quem busca, enfim, a libertação.
Ó Existência! Tudo, tudo na vida é despautério
E a Morte plena é o suprema nirvana do fim!
Em cada alma moram incontáveis cemitérios
Para que cada ser encontre um justo sereno fim.