EM OUTRA ESTAÇÃO
Tal qual uma árvore, cujos troncos fortes envelhecem,
secando o viço, perdendo o calor da seiva,
ao longe avisto a cidade onde tudo acontece,
ao redor a realidade, onde tanto verde me esquece,
sem ter um arbusto sequer como companhia...
Morrendo a árvore, ali, sozinha - sombria,
sinto a tarde romper com meu dia
e o anoitecer trazer-me a tristeza.
Percebo que já vivi a estação de minha beleza.
E o ermo do desencanto matou minha fantasia...