Jasmim-da-noite
Destino que, tão lúgubre
Dobra-me e desdobra-me
Como caem os grãos de areia
Dentro da ampulheta
Sempre cadenciado
Sempre ritmado
Sem parar
Destino que a mim foi imputado
Mas que o quero negar
Porém, como caem as folhas das árvores, e
Como sempre cairá a chuva dos céus
Caio eu também
Na inevitável ilusão
Na inquebrável roda do destino
Giro eu,
Gira você
Presos no carrossel
Impossibilitados de parar
Era para ser tudo diferente
Dessa vez eu deveria ser melhor
Mas sou o mesmo resto de gente
Valendo menos do que o pó...
É triste!
Triste, e
Dói demais.