Eternidade Solitária
O silêncio é uma bruma cinzenta
que envolve meus dias com tristeza
como se cada passo fosse na areia movediça
e minha alma, uma rosa murcha.
A vida é como um vaso quebrado
onde as lágrimas são os cacos que restam
e o coração, o ferimento aberto
que sangra sem fim.
O futuro é uma escuridão sem fim
onde as sombras se arrastam como fantasmas
e as esperanças são como velas apagadas
que deixam apenas o vazio.
A solidão é uma prisão sem grades
onde o eu sou o carcereiro e a vítima
e os pensamentos, os algozes sem piedade
que me mantêm preso à tristeza eterna.