A Elegia de Antenor

No interno frio do inverno de Sicupira

que engoliu mentiras,

a tarde se desenhou tranquila e melancólica.

O coração amargurado de Antenor,

se contorcia em dor

nas gentis nevascas.

A magia solene de sua amada Helena

tingia o crepúsculo de seu amargor.

Seu Antenor Sicupira,

que, hoje, chora e atira

balas de festim, que voam

aos céus e refletem as feridas de seu coração.

Nas florestas gélidas do coração de seu Sicupira,

que um dia dançou alegre ao som das liras,

renovam-se o brilho das loucuras

e as sandices da melancolia, onde residem

férteis e incontáveis amores quebrados.

Antenor Sicupira,

a morte lhe trouxe uma lira,

pois, vomite as mentiras

que despejaram em sua pira.

Antenor, Antenor, homem de dor,

Sicupira, Sicupira, ele já não mais se vira,

ele se aquece com o inverno interno de seu inferno interno.

Antenor, Antenor, o mundo não é uma flor...

JP Rodrigues
Enviado por JP Rodrigues em 24/01/2023
Código do texto: T7702949
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