Àquele

Àquele

Àquele que me pergunta

O motivo de minha angústia

Emporcalhei-me na besunta de minha fúria,

Meu sublime encanto a penúria

Me fez pensar em uma conjuntura

À mais pura vida imunda

O saber de não querer

E o querer de me perder

Eu não sinto e nem reflito

Se eu não quero, apenas minto

Sou apenas um ser sucinto

Não há um homem se quer

Que me faça acreditar

Ou pensar;

No que poderia ser,

Num futuro, num lar,

Ou na falta de ar

Àquele que me pergunta

O porquê triste estou,

Faltou olhar no espelho

E se olhou, talvez errou, (ᴙ)Reflita!

Pitágoras não descreveu seu teorema atoa

É uma estupidez que escoa...

Cuidado! Você não é tudo isso

Não vale 1/12 avo(s)...

- É apenas um espelho côncavo...

Um tributo à Augusto dos Anjos

O poeta da escuridão

Que de antemão me deu a mão

E embarquei no furacão

Do meu eu, com vastas tentativas,

Mas ele diria...

Em sucessivas atuações nefastas!

Damaris Costa
Enviado por Damaris Costa em 23/01/2023
Reeditado em 23/01/2023
Código do texto: T7702431
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