Morta Seara
Há um campo sem vigor ,esmaecido
Em minha alma, pobre alma entristecida!
Onde a flor da esperança, emurchecida
Se debruça sobre um talo já pendido!
Sem as luzes de um sol miraculoso,
Sem a chuva para dar-lhe novo encanto,
É tomado pelo Ar tempestuoso
Das tristezas efusivas do meu pranto!
Negros corvos sorridentes na viagem
Só de vê-lo se entristecem desolados
E os abutres atramente agoniados
Se afastam do horror desta paisagem!
A angústia, o perverso e mau lapônio
Arruinou-lhe; o largando devastado!
Como a alma de um filho endereçado
Pela mãe às pravidades do Demônio!
E assim; feias herbáceas espinhadas
Empestiam o desgosto deste Campo:
Onde a vida entre dores desgraçadas
Lembra o triste apagar de um pirilampo!