Cangalha
Há um peso em meu dorso concentrado
Uma carga de origem insabida
É por isso que eu ando pela vida
Com o passo levemente acabrunhado!
Qual um sapo cururu que foi salgado
Eu me lanço pelo caos da avenida
Paciente, porém muito incomodado
Arrastando minha alma entristecida!
Entre o vasto temporal da Incerteza
Enxarcado de angústia e de tristeza
Ultrapasso as abissais horas do dia!
E Embargado por anilhas surreais
Vou pensando pra auxílio dos meu Ais
Que a mágoa sobre mim é companhia!