Estro

O Poema despertou-me matutino

Sussurrando ledamente em meu ouvido:

Canta coração teu desatino

Pelo vão da existência sem sentido!

Canta ó leproso Balduíno!

Definhando, à essa dor que te maltrata

Tal os toques funerais de um atro sino

Releixando para aquele que se mata!

Canta a tua dor mais envolvente

Que lhe encobre diuturnamente

Canta com a voz ainda forte!

Canta a solidão concomitante

Na ardência deste fogo crepitante

Do inferno irial da tua Sorte!

Moreira Júnior
Enviado por Moreira Júnior em 15/01/2023
Reeditado em 15/01/2023
Código do texto: T7695337
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