Estro
O Poema despertou-me matutino
Sussurrando ledamente em meu ouvido:
Canta coração teu desatino
Pelo vão da existência sem sentido!
Canta ó leproso Balduíno!
Definhando, à essa dor que te maltrata
Tal os toques funerais de um atro sino
Releixando para aquele que se mata!
Canta a tua dor mais envolvente
Que lhe encobre diuturnamente
Canta com a voz ainda forte!
Canta a solidão concomitante
Na ardência deste fogo crepitante
Do inferno irial da tua Sorte!