Artificial

Me Encruzo neste mar de superficialidade para

enfim, encontrar minha verdade.

Me procuro no artificial para suavizar meu diferencial.

Gotejo do oceano da bondade para evitar minha vaidade.

Separo minha qualidade, da minha necessidade de quantidade.

Recito versos de sensações na intenção de encontrar ações.

Se tento encontrar este, para que me resguardar? Ora de mim, outrora do passado, ou do fim?

Acabo de assustar-me, por perceber que estes versos dão meros achismos e não aforismos.

Concluindo que o entendimento não possui um fim, pois nós o inventamos, tão tardiamente, fracassamos.

O que sobrou foi a maldita verdade que, por mais bem dita, não vai ser explícita.

O que me resta então são apenas fragmentos do que já foi um dia, artificial.

Zaphod Prefect
Enviado por Zaphod Prefect em 19/12/2022
Código do texto: T7675541
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.