Artificial
Me Encruzo neste mar de superficialidade para
enfim, encontrar minha verdade.
Me procuro no artificial para suavizar meu diferencial.
Gotejo do oceano da bondade para evitar minha vaidade.
Separo minha qualidade, da minha necessidade de quantidade.
Recito versos de sensações na intenção de encontrar ações.
Se tento encontrar este, para que me resguardar? Ora de mim, outrora do passado, ou do fim?
Acabo de assustar-me, por perceber que estes versos dão meros achismos e não aforismos.
Concluindo que o entendimento não possui um fim, pois nós o inventamos, tão tardiamente, fracassamos.
O que sobrou foi a maldita verdade que, por mais bem dita, não vai ser explícita.
O que me resta então são apenas fragmentos do que já foi um dia, artificial.