Complacente
E nada fica
Nem anéis ou dedos
Se sobrasse haveria esperança
Ou vaga lembrança do que se foi um dia.
Não me entenda mal, não significa, que esta perdido, significa só o que significa, o fim.
Nem todo fim, é triste, é o que é porque assim deve ser.
Aqui estamos, falando do breve momento, enquanto, há todo resto em nossa volta.
O luto é amargo, mas não intragável, continuaremos , porque não há outro jeito.
Se houvesse, alguém nos contaria e se não contasse, quanto egoísta essa pessoa seria, em guardar a ausência da dor só pra si. Enquanto não se revela, aguardo, me aguardo.
E o fim que veio, também foi embora, com seus outros fins, que nada temiam a minha ausência, complacente, contemplei de olhos marejados, uma criança antiga.
Fui me, não me despedi, como manda o decoro, mas fui mais eu na partida, que em toda minha vida. Morri com ela e aquela aquarela, nos finalmentes, ficou mais cinza.