NADA MAIS A FAZER

Nessa vida de sofrimento,

Nunca tive um alívio,

A todo momento um tormento,

Um descanso eu preciso.

E a tensão está presente,

Até nos mínimos detalhes,

Nem amar eu consigo,

E esse é o menor dos males.

Já nem sei do último sorriso,

Se é que ele existiu um dia.

Minha cara é sisuda,

Meu semblante é frio.

E não vejo luz alguma,

Tudo em mim é escuro,

Minha roupa preta de todo dia

É meu grande luto.

E eu luto toda hora,

Do nascer ao fim do dia,

Uma luta tão inglória,

Me mata essa teimosia...

Nada mais há a fazer,

A não ser esperar a morte,

Mas que morte, se já morri?

Amarga essa minha falta de sorte.

E pelas esquinas vou me jogando,

Em qualquer canto desse mundo,

Meu corpo vai definhando

Em meio a tantos absurdos...

Celso Ciampi
Enviado por Celso Ciampi em 14/12/2022
Código do texto: T7671558
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