O ROBÔ DA FELICIDADE
Estive perto da morte, mas ela me rejeitou...
Deu de ombros para meu apego e se foi.
Partiu como quem parte em abraço a vida
Me deixando aqui para viver
De longe a gritei para que aquietase-se perto de mim
Ou beija-se-me até sugar cada gota de energia
E de longe ela olhou-me com escarnio e seguiu.
De imensa, a distância a fez pequena...
Sumiu...
Acordei, enfim, com tantos equipamentos...
Ao tempo, por fim, pensei ser um robô,
Uma máquina de padrões que segue sem propósito...
Mas que vive...
E sonha...
E vive...
E morre...
E vive...
E chora...
E vive "feliz"...
...