O ROBÔ DA FELICIDADE

Estive perto da morte, mas ela me rejeitou...

Deu de ombros para meu apego e se foi.

Partiu como quem parte em abraço a vida

Me deixando aqui para viver

De longe a gritei para que aquietase-se perto de mim

Ou beija-se-me até sugar cada gota de energia

E de longe ela olhou-me com escarnio e seguiu.

De imensa, a distância a fez pequena...

Sumiu...

Acordei, enfim, com tantos equipamentos...

Ao tempo, por fim, pensei ser um robô,

Uma máquina de padrões que segue sem propósito...

Mas que vive...

E sonha...

E vive...

E morre...

E vive...

E chora...

E vive "feliz"...

...

Diogo Acrizio
Enviado por Diogo Acrizio em 29/10/2022
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