Uma nebulosa tristeza
Não quero a tristeza sendo meu guia,
Povoando meus medos e meus pensamentos.
Então, revejo meus dias diante dum aquebrantado espelho,
Um ar sereno que jamais ofusca as tardes frias
De um inverno distante.
Não desejo que meu coração fuja dessas dores,
A estimada e avassaladora arrogância humana.
Meu silêncio aspira as artes nebulosas da solidão.
A queda da alma gera um tormento supremo e divino.
Mãos ensanguentadas mataram o futuro dos inocentes
E tecem na fina seda oriental a solidão triste e sublime.