Amar, infinitivo no presente,
E já não sei de que lado
Está a dormir o passado
Ou a dormitar o futuro.
Um tempo que nunca foi meu,
Só ele vive enquanto eu morro.

Eu guardo dentro da palavra

A forma-pensamento da dor,

Um grito mudo; na leveza

Do verso mora esse absurdo.
A poesia é que me traz o frescor
Da vida mal dormida, anoitecida.
Pouco importa, nada importa,
O dia não nasce, ele é morto
 Sem ser passado, todo dia é ontem.

 

 

 

Gabriel's Oboe - Choreography Judy King (Dança Circular Sagrada)

https://www.youtube.com/watch?v=UKQajAozSio

Regina Ninna
Enviado por Regina Ninna em 25/10/2022
Reeditado em 25/10/2022
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