(des)vincular
Vindo do sono
Sinto o pesar
Apesar do sol
Me caçar
E tentar me
Motivar
Porém, o máximo
Que consegue
É me queimar
Pois me falta
Um víncular
Para desencadear
Meu levantar
Não sinto mais
O chamego
No doce contido
Em pêssego
Meu corpo desconhece
Sossêgo
Castigado
Em cesto
Preso em
Gesso
Esqueletos de memórias
Não me salvam de tramóias
A rotina me contia
Semeador de distrator
Não me faz mais o favor
E larga-me
Sem vigor
Promessa de prazer
Sem o trazer de remessa
Inviabiliza o acontecer
Não pude a isto me precaver
Agora o desvínculo irá
Prevalecer
Deste mal não posso espairecer
Arquitetura da vitalidade, desfazer
Planos para o coração, terei que
Esquecer
Pois mergulharei
Em arrefecer
E dele nunca mais
Sairei