Choro em vão

Artéria caótica pulsa e despulsa

O sangue fervente não mente

Nem a lágrima ácida que passa e destrói

Ela alastra e corrói

O que não mata, dói

A muralha não aguenta,

Ela cai, se destrói

Enfrente, levante!

Não dá... Ela cai, se destrói...

O que não mata, dói

A dor de cabeça

A dor que eu mereça

Ela me destrói

O que não mata, dói

A esfinge da vida é a própria dor

Mas o enigma é a própria vida

Como pudera viver sem dor

Como pudera se doer sem pudor

O que não mata, dói

E quando se cansa

Desiste e se amansa

A vida não dá trégua

Me reduz a nada

O que não dói, mata

Damaris Costa
Enviado por Damaris Costa em 19/10/2022
Código do texto: T7631301
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