Choro em vão
Artéria caótica pulsa e despulsa
O sangue fervente não mente
Nem a lágrima ácida que passa e destrói
Ela alastra e corrói
O que não mata, dói
A muralha não aguenta,
Ela cai, se destrói
Enfrente, levante!
Não dá... Ela cai, se destrói...
O que não mata, dói
A dor de cabeça
A dor que eu mereça
Ela me destrói
O que não mata, dói
A esfinge da vida é a própria dor
Mas o enigma é a própria vida
Como pudera viver sem dor
Como pudera se doer sem pudor
O que não mata, dói
E quando se cansa
Desiste e se amansa
A vida não dá trégua
Me reduz a nada
O que não dói, mata