Sereno
Sereno tão pleno que cai sobre o chão
Não se sabe se é luz ou escuridão
Sem energia, sem ação
Emana vida, ou não?
Sujeito ao egoísmo, de se dar, ou não
Se permitir, ou não
Dizer, ou não
E dizer não
Aquele mínimo sereno
Gerou umidade em quantia aceitável
E agora, tudo parece palatável
Sou matéria higroscopica
Pura indulgência empírica
Mas ainda sem vida
Qualitativamente minha mente não é suficiente
Dentre todo o presente
Disso estou consciente
E se dizer que o sereno me transgride a vida
Viola minha existência; e
Contempla minha permanência
Eu digo
Não quero sereno, quero veneno