Sereno

Sereno tão pleno que cai sobre o chão

Não se sabe se é luz ou escuridão

Sem energia, sem ação

Emana vida, ou não?

Sujeito ao egoísmo, de se dar, ou não

Se permitir, ou não

Dizer, ou não

E dizer não

Aquele mínimo sereno

Gerou umidade em quantia aceitável

E agora, tudo parece palatável

Sou matéria higroscopica

Pura indulgência empírica

Mas ainda sem vida

Qualitativamente minha mente não é suficiente

Dentre todo o presente

Disso estou consciente

E se dizer que o sereno me transgride a vida

Viola minha existência; e

Contempla minha permanência

Eu digo

Não quero sereno, quero veneno

Damaris Costa
Enviado por Damaris Costa em 18/10/2022
Código do texto: T7630186
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